Simetria é um eixo imaginário através do qual podemos
dividir o corpo de um organismo em duas metades
especulares, ou seja, como se
uma metade fosse a imagem no espelho da outra. Os animais podem ter dois
padrões básicos de simetria: radial (ou radiada) e bilateral, com exceção dos poríferos
que são assimétricos uma vez que no corpo desses animais não existe nenhum eixo
imaginário que possa dividi-lo em duas metades especulares. De modo geral,
animais diblásticos possuem simetria radiada primária e animais triblásticos
bilateral primária. Cnidários possuem simetria radial primária, ou seja, são
radiados desde a fase larval. Entre os equinodermos, apesar de suas larvas
possuírem simetria bilateral primária, os adultos são pentarradiados (simetria
radial secundária). Os demais grupos de animais possuem simetria bilateral.
O tipo de simetria é uma característica importante para se entender
a evolução dos animais, uma vez que o surgimento da simetria bilateral trouxe
outras modificações importantes para os animais. A simetria bilateral dividiu o
corpo dos animais em quatro regiões: anterior, posterior, ventral e dorsal. Ao
se movimentar, a região anterior é sempre a primeira a entrar em contato com os
estímulos do meio. Isso levou a uma pressão evolutiva em favor da cefalização
do corpo, ou seja, de uma vantagem evolutiva àqueles que possuíam maiores acúmulos
de estruturas sensoriais na região anterior do corpo.
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