Somos formado por trilhões de células que desempenham as mais variadas funções, formando os 216 tipos de tecidos de nosso organismo.
Cada uma de nossas células possui um núcleo contendo os 23 pares de cromossomos, formados por DNA, que contém todos os genes que codificam todas as nossas proteínas. Isso quer dizer que cada célula nossa, seja epitelial, nervosa, muscular, hepática, ou de que tecido for, contém todas as informações genéticas necessárias para formar o nosso organismo inteiro. Assim, podemos reconstruir um organismo inteiro apenas com as informações genéticas contidas numa única célula. Desse conceito surgiu a idéia da clonagem reprodutiva.
Clones são indivíduos geneticamente idênticos gerados de maneira assexuada. Os organismos unicelulares, quando se reproduzem assexuadamente por bipartição, geram clones ou seja uma população de indivíduos geneticamente idênticos. Quando separamos e plantamos uma muda de uma planta, também estamos gerando um clone dessa planta. Os gêmeos idênticos, gerados a partir de um único zigoto, que em determinado momento de seu desenvolvimento se partiu em dois, também são clones naturais.
A ovelha Dolly, ganhou notoriedade em 1997, porque foi o primeiro mamífero clonado a partir de uma célula adulta.
Para se criar a Dolly, retiraram uma célula da glândula mamária de uma ovelha da raça Finn Dorset. Retiraram também, um óvulo de uma ovelha da raça Scottish Blackface e removeram seu núcleo. Em seguida, fundiram a célula de glândula mamária ao óvulo anucleado. Pequenas descargas elétricas induziram essa célula recém criada sofrer sucessivas mitoses, formando, após 5 ou 6 dias um pequeno embrião na fase de blastocisto. Este embrião foi então implantado no útero de uma terceira ovelha "barriga de aluguel" da raça Scottish Blackface. Após o tempo normal de gestação, nasce Dolly, uma ovelha da raça Finn Dorset, geneticamente igual à doadora da célulla da glândula mamária.