segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O surgimento do Sistema Solar e a origem da vida

[...]

Existem várias hipóteses sobre os ambientes químicos em que teriam surgido os primeiros polímeros, os monômeros - compostos de alto peso molecular formados pela união de estruturas químicas básicas -, capazes de replicação. A existência de água liquefeita é determinante para a geração e a manutenção das formas de vida que conhecemos hoje.


Os fósseis são restos do processo de mineralização que transforma matéria viva em rocha. Geralmente apenas porções mais duráveis, tais como ossos e conchas, são conservadas em fósseis, mas, em circunstâncias especiais, outras estruturas, como tecidos e vasos sanguíneos, podem ser preservadas. Os fósseis mais antigos que conhecemos - datados de 3,6 bilhões de anos - foram encontrados na década de 50 em formações rochosas da África do Sul e da Austrália e são semelhantes às cianobactérias, que ainda hoje podemos observar na costa australiana. Pesquisas recentes detectaram atividade biológica em rochas encontradas na Groelândia, indicando que a vida na Terra pode ter-se originado em períodos ainda mais antigos, há cerca de 3,8 bilhões de anos.


Eliana Collucci. Folha de S. Paulo, 12 set. 2002

Aparelhos imitam condições de fossas termais - Experimento reproduz composto essencial para surgimento da vida

[...] Pesquisadores dos EUA reproduziram as condições químicas das fossas hidrotermais (aberturas no fundo dos oceanos, ricas em enxofre) e obtiveram um composto essencial para os seres vivos, o ácido pirúvico. Ele é produto da quebra de açúcares e funciona como substrato para produção de energia nas células.
Os resultados da investigação da Carnegie Institution são mais um suporte para a teoria de que a vida surgiu em águas quentes e sulfurosas no fundo do mar. Em junho deste ano, cientistas já haviam noticiado a descoberta de fósseis de microganismos com 3,2 bilhões de anos em fossas hidrotermais na Austrália.
Onde a vida começou, quais as condições da Terra desse período e qual foi a primeira entidade capaz de se reproduzir são questões ainda não respondidas pela ciência sobre a origem da vida. [...]

Procurando proteção
Miller acredita que a vida tenha surgido na superfície do planeta, em lagoas na praia, formadas pelo recuo das marés. Mas a Terra devia ser atingida por muitos meteoros nesse período, o que tornaria a superfície um ambiente inóspito para a vida. As fossas hidrotermais, no fundo do oceano, poderiam oferecer as condições ideais de formação e proteção, segundo alguns pesquisadores. [...]
O trabalho dos cientistas norte-americanos, que produziram ácido pirúvico nas condições de temperatura e pressão das fossas hidrotermais, fecha o ciclo das reações químicas que devem ocorrer nesse ambiente para a produção de uma molécula que possa ter originado a vida, o peptídeo (um tipo de proteína pequena e sem estrutura definida). [...]
Isabel Gerhard. Folha de S. Paulo, 25 ago. 2000.

A HISTÓRIA DA VACINA Capítulo 6 - O experimento cabal

Edward Jenner, o médico que assistia à triste disseminação da varíola entre os ingleses, já não tinha dúvidas: a varíola das vacas tinha alguma coisa a ver com a incrível imunidade das camponesas à mortal varíola humana. Ele já havia feito vários testes com as camponesas e elas eram, de fato, imunes: quando ele as deixava junto com os doentes que estavam em isolamento, nenhuma nunca contraiu a doença. Contudo, outras pessoas que eram submetidas ao menor contato com os doentes, ainda que acidental, ficavam doentes.
Ele desconfiava que a chave para entender a questão estava nas feridas das vacas doentes. O contato com as feridas imunizava contra a varíola humana; essa era a hipótese de Jenner. Mas para ter certeza, restava realizar um teste cabal, um experimento que deixasse claro que era o contato com as vacas que garantia a imunização. Ele precisava que uma pessoa que nunca tivesse estado perto nem das vacas nem dos doentes fosse posta em contato com o líquido que saía das feridas da vaca. Se essa pessoa ficasse imune, então ele saberia que aquela era mesmo a resposta que procurava.

Jenner sabia, contudo, que seu teste poderia custar a vida de uma pessoa. Isso porque para ter certeza de que a imunização ocorrera, era preciso colocar a cobaia perto dos doentes. Se Jenner estivesse errado e o experimento falhasse, essa pessoa certamente contrairia a varíola, e havia grandes chances de morte.

Com muitas dúvidas, o médico decidiu fazer o experimento em uma criança. James, assim ele se chamava, teve o seu braço cortado de leve com um estilete, onde o médico esfregou um pano úmido com o líquido das feridas das vacas. Depois de alguns dias, o menino teve febre, e algumas feridas apareceram em seu rosto.

"Isso era esperado", pensou o médico. "O menino pegou a varíola das vacas".

Restava ainda a parte mais perigosa do teste. O médico levou o menino para a casa onde estavam os doentes em isolamento. Era um lugar triste, onde muitos apenas aguardavam a morte com o corpo desfigurado pelas muitas feridas. O menino ficou lá durante alguns dias.

Para a alegria do médico, o menino não pegou a doença. A ferida das vacas tinha realmente o tornado imune à varíola. Meses depois, Jenner escreveu uma carta para a Sociedade Real, na qual eram anunciadas as descobertas científicas da época: "Chamei o processo de vacinação, porque ele é derivado da vacínia, a varíola das vacas."

São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: biologia, ensino médio - 1a série, 3o bimestre. São Paulo: SEE, 2008.

sábado, 25 de outubro de 2008

A HISTÓRIA DA VACINA Capítulo 5 - Mais leve que uma pena

Notícias sombrias ocuparam o noticiário no fim de dezembro de 2007. A pequena cidade de Pirenópolis, interior de Goiás, foi o foco de uma série de casos de febre amarela no país. Havia o risco, afirmavam as autoridades, de que muitas pessoas contraíssem a doença. Recomendava-se procurar postos de saúde o quanto antes, para garantir a vacinação.
Preocupado, Pedro dirigiu-se a um hospital em Sorocaba. Ele não havia estado em Goiás nos últimos tempos, não pretendia visitar a região num futuro próximo e não vivia em locais onde apereceram os doentes. Mas, mesmo assim, resolveu tomar a vacina. "Cuidado nunca é demais", pensou.

Não doeu nada.

- O toque da agulha foi mais leve que o de uma pena, nem senti - contou ele à esposa, já em casa.

Dois dias depois, Pedro estava de cama, com febre. Dores no corpo, vontade de ficar no escuro, não foi trabalhar. Preocupada, a esposa insistiu que voltassem ao hospital. Lá chegando, contaram toda a história para um plantonista sonolento.

- É normal - disse o médico, depois de examiná-lo. - É a reação do corpo à vacina.

De fato, o médico tinha razão. Um dia de repouso, e Pedro já pôde voltar ao trabalho. Só que agora estava protegido contra a febre amarela.
São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: biologia, ensino médio - 1a série, 3o bimestre. São Paulo: SEE, 2008.

A HISTÓRIA DA VACINA - Capítulo 4 - O método turco

Mary Montagu era a esposa de um embaixador inglês que vivia em Constantinopla em 1716 (cerca de 60 anos antes do médico Edward Jenner). Também ali a varíola era uma ameaça constante. Milhares de pessoas, principalmente crianças, morriam todos os anos por causa dessa doença. Uma das vítimas foi o próprio irmão de Mary, o que a deixou desesperada. Ela percebeu que o perigo da varíola também rondava a sua casa, e a possibilidade de ter os seus dois filhos pequenos infectados a atormentava.

Entretanto, quando contou a um médico de Constantinopla o seu receio, ele a tranqüilizou, dizendo que os turcos conheciam um método de evitar a varíola.


- Esse método é usado há muitos e muitos anos no Oriente - contou-lhe o médico turco. - Basta encontrar um doente de varíola e passar um pano em suas feridas. Depois, fazemos um pequeno corte na pele dos seus filhos e esfregamos nele o pano.


- Mas dessa forma eles certamente ficarão doentes!


- Sim, senhora, mas será uma forma mais fraca da doença. Com o tempo ficarão sãos e não poderão contrair a forma mais grave, mortífera, da varíola.


Mary Montagu tinha medo do modo turco de previnir a doença. Porém, tinha ainda mais medo de que seus filhos morressem de varíola como seu irmão, que havia sofrido muito. Pesando as possibilidades, ela resolveu submeter seus filhos e a si mesma ao procedimento do médico de Constantinopla.


Os três tiveram febre a algumas feridas na pele. Mas, ao fim de algumas semanas, haviam se recuperado. E nenhum deles, ao longo de toda a vida, contraiu varíola.
Fonte: São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: biologia, ensino médio - 1a série, 3o bimestre. São Paulo: SEE, 2008.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A HISTÓRIA DA VACINA - Capítulo 3 - A cólera das galinhas

Pelos idos de 1870, o cientista Louis Pasteur buscava uma solução para a queda de produção das granjas da França. Os frangos e as galinhas estavam morrendo em grandes quantidades devido à desidratação. Apesar de os criadores fornecerem água suficiente para os animais, eles morriam, porque suas fezes eram mais líquidas que o normal. Essa doença chamava-se "cólera das galinhas", por comparação ao cólera, que também pode matar pessoas por desidratação.

Pasteur já havia descoberto que a doença era causada por uma bactéria, que havia encontrado em intestinos de animais doentes. Ele estava criando essas bactérias em tubos de ensaio, para descobrir maneiras de eliminá-las sem matar os animais. Às vezes, esse serviço ficava a cargo de seu assistente, Charles Chamberland:

- Monsieur Charles, nos próximos dias não venho trabalhar. Por favor, tome conta dessas culturas de bactérias com cuidado. Mantenha-as dentro das estufas, atentando para que a temperatura seja constante.

Apesar das recomendações do chefe, Charles também não foi trabalhar. E acabou deixando alguns tubos fora das estufas. As bactérias que estavam naqueles tubos de ensaio morreram.

Na semana seguinte, sem saber da folga clandestina do seu assistente, Pasteur injetou aquelas culturas de bactérias estragadas em alguns frangos. Sua intenção era testar possíveis remédios assim que eles ficassem doentes. Para sua surpresa, esses frangos não contraíram cólera.

Desconfiado, Pasteur preparou novas culturas de bactérias ele mesmo e reinoculou-as nos frangos. Novamente, eles não contraíram cólera. O mais interessante é que essa cultura de bactérias, preparada com rigor pelo próprio Pasteur, era capaz de causar cólera em todos os outros frangos, que nunca haviam sido inoculados.

Charles Chamberland assumiu, finalmente o seu erro:

- Monsieur Pasteur, a culpa desses resultados estranhos é toda minha. Eu deixei de cuidar desse lote de tubos e agora eles provavelmente estejam podres. Para o lixo.

E caminhou com os tubos na mão, em direção a um grande latão, no canto da sala.

Quando estava prestes a jogar tudo fora, Pasteur o impediu. Ele se lembrou, de repente, de um experimento feito por um médico inglês, quase cem anos antes. Naqueles tubos poderia estar a resposta que salvaria a produção das granjas da França.

Fonte: São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: biologia, ensino médio - 1a série, 3o bimestre. São Paulo: SEE, 2008.

A HISTÓRIA DA VACINA - Capítulo 2 - A vacínia

Edward Jenner intrigou-se com a camponesa e resolveu investigar melhor o caso, visitando os currais onde ela trabalhava. Ele procurava por alguma coisa que estivesse presente nesses currais e em mais nenhum lugar, e que pudesse estar protegendo essas camponesas do contato com a varíola mortal.

- Vocês bebem muito leite de vaca aqui, certo?

- Nem tanto - respondeu a camponesa. - O leite é caro, vendemos quase tudo para as pessoas da cidade. Aposto que tem gente lá que bebe muito mais que eu.

"Não pode ser o leite", raciocinou o médico. "Muita gente que bebe desse leite, vindo dessas mesmas vacas, pegou a varíola e agora está em quarentena".

Ele ia por esses pensamentos quando, quase que por acidente, notou que algumas vacas tinham feridas muito parecidas com as que os doentes de varíola possuíam. Isso chamou muito a sua atenção.

- Essas vacas estão doentes, com varíola - esclareceu a camponesa. - Só que essa é a varíola das vacas, que chamamos de vacínia.

- E quem mexe nessas vacas não pega varíola? - quis saber o médico.

- Pega sim. Mas não é como a varíola da cidade, que pode até matar. A pessoa fica doente, com febre, mas não chega nem a ficar de cama. Pode voltar pro trabalho logo, logo. Aquela varíola que mata, ninguém daqui pega, não. Não depois de pegar a varíola das vacas.

De fato, naqueles currais nunca houve ninguém que contraísse a varíola.

Fonte: São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: biologia, ensino médio - 1a série, 3o bimestre. São Paulo: SEE, 2008.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A HISTÓRIA DA VACINA Capítulo 1 - A camponesa destemida

Houve uma época em que contrair a doença chamada varíola era quase uma sentença de morte. As primeiras febres e indisposições podiam ser confundidas com uma gripe, mas o aparecimento de feridas vermelhas na pele já era motivo de muita preocupação. Como é uma doença extremamente contagiosa, assim que se descobria um doente, tratava-se de isolá-lo das pessoas sadias e aguardar o destino: uma rara recuperação ou, o que acontecia muitas vezes, a morte.
Na Inglaterra do fim do século XVIII, um médico presenciou essa terrível situação. Tratando dos doentes isolados, que estavam desenganados e aguardando a morte, ouviu falar de uma senhora que se gabava de não pegar varíola. Ela, ao contrário das outras pessoas, andava entre os doentes, sem medo de contrair a terrível moléstia.
Intrigado com o comportamento dessa mulher, o médico Edward Jenner tentou descobrir por que ela tinha tanta certeza de ser imune à doença. Ao que ela respondeu:
- Ora, isso porque eu trabalho com as vacas. E todos sabem que quem trabalha com elas não pega varíola. Alguma coisa nos currais nos deixa fortes contra essa doença.
E o médico viu que era verdade: nenhuma das companheiras de trabalho daquela camponesa jamais contraíra varíola, apesar de terem tido contato com muitos doentes.

Fonte: São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do professor: biologia, ensino médio - 1a série, 3o bimestre. São Paulo: SEE, 2008.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O FILO DOS CORDADOS - CARACTERÍSTICAS GERAIS E CLASSIFICAÇÃO

As características exclusivas de um animal do Filo dos cordados, e que estão presentes pelo menos nos estágios iniciais de desenvolvimento embrionário são:
  • Notocorda ou corda dorsal - bastão fibroso localizado na região dorsal, destinado à sustentação do corpo. Nos vertebrados está presente apenas nos estágios iniciais do seu desenvolvimento embrionário e depois é substituída pela coluna vertebral ou espinha dorsal.
  • Fendas branquiais - orifícios pequenos localizados na faringe que tem função na respiração e na filtração de alimentos. Nos anfíbios, répteis, aves e mamíferos, estão presentes apenas na fase embrionária, fechando-se nas etapas seguintes do desenvolvimento.
  • Tubo nervoso dorsal - nos cordados, o sistema nervoso central, além de ocupar a região cefálica, ocupa uma posição dorsal, como um tubo nervoso longitudinal e único. Nos demais grupos animais estudados até aqui, quando o sistema nervoso estava presente, apresentava-se como um sistema duplo de cordões ventrais.
O filo Chordata (cordados) constitui um grupo muito heterogêneo e divide-se em dois grupos:


  • Os protocordados - formados pelos sub-filos Urochordata (urocordados), ou Tunicata (tunicados) e Cephalochordata (cefalocordados) e

  • os eucordados - formado pelo sub-filo Vertebrata (vertebrados).

Urocordados e cefalocordados formam o grupo dos protocordados. Os eucordados dividem-se em dois grupos:

1 - Agnatha (ágnatos) - que possuem uma única classe: Cyclostomata (os ciclostomados como a lampréia e o peixe-bruxa); e

2 - Gnasthostomata (gnatostomados) - que distribuem-se em duas superclasses:

  • Pisces (peixes), que compreende a classe Chondrichtyes, ou peixes cartilaginosos, como raias e tubarões; e a classe Osteichthyes, ou peixes ósseos, como as tainhas, robalos, salmões entre outros peixes ósseos;
  • Tetrapoda (tetrápodes) - essa superclasse abrange os anfíbios, répteis, aves e mamíferos, todos portadores de dois pares de membros. Nas aves o par de membros anteriores é modificado em asas.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A DUPLICAÇÃO DO DNA

O que caracteriza o DNA como sendo a molécula mestre da vida é sua capacidade de autoduplicação, de forma a formar uma cópia exata de si mesmo. Essa característica faz com que as células, após a divisão celular, recebam as mesmas instruções genéticas, o que permite a continuidade da vida na Terra. É a replicação do DNA que explica as semelhanças existentes entre as sucessivas gerações de uma espécie, uma vez que o conjunto do DNA se mantém, no geral, inalterado ao se transferir dos pais para os filhos.
O processo de duplicação do DNA ocorre nas seguintes etapas:
  • Rompimento das pontes de hidrogênio que ligam as bases nitrogenadas e separação dos dois filamentos da molécula de DNA

  • Encaixe de nucleotídeos livres que existem no núcleo da célula nos nucleotídeos dos filamentos que se separaram: a adenina se liga à timina, a citosina à guanina e vice versa.

  • Formação das duas novas moléculas de DNA, após o término dos encaixes dos nucleotídeos livres nos filamentos separados.
Cada nova molécula de DNA contém um filamento novo e um filamento do DNA original que serviu como molde para a formação do complementar. É por isso que a duplicação do DNA é denominado semiconservativo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

QUALIDADE DE VIDA

Atualmente é um dos temas mais comentados e discutidos: qualidade de vida ! No trabalho e no pessoal, mas o que seria esta qualidade de vida ?


A qualidade de vida é um termo empregado para descrever a qualidade das condições de vida levando em consideração fatores como saúde, educação, bem-estar físico, psicológico, emocional e mental, expectativa de vida etc. A qualidade de vida envolve também elementos não relacionados, como a família, amigos, emprego ou outras circunstâncias da vida.


Entende-se por qualidade de vida a percepção do indivíduo tanto de sua posição na vida, no contexto da cultura e nos sistemas de valores nos quais se insere, como em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um amplo conceito de classificação, afetado de modo complexo pela saúde física do indivíduo, pelo seu estado psicológico, por suas relações sociais, por seu nível de independência e pelas suas relações com as características mais relevantes do seu meio ambiente.


Qualidade de vida é o jeito que cada um escolhe para viver bem. Então, define-se como ter qualidade de vida o jeito que cada um escolhe para viver. Qualidade de vida é uma opção pessoal. Só que, para tomar uma decisão consciente, as pessoas precisam de informações. É por isso que qualidade de vida tem a ver com escolhas de bem-estar -- claro que elas estão limitadas pelos padrões de convivência social. A idéia de associar exercícios físicos à qualidade de vida, por exemplo, nasceu nos Estados Unidos, na década de 70. Para algumas pessoas, realmente funciona assim, mas tem gente que simplesmente abomina fazer ginástica. Essas pessoas podem optar por uma levar uma vida sedentária, mesmo sabendo dos prejuízos que isso acarreta para a saúde. Por mais estranho que possa parecer, tal atitude não deixa de ser uma escolha de bem-estar, uma vez que essas pessoas têm consciência da decisão que tomaram e não estão prejudicando ninguém.




terça-feira, 7 de outubro de 2008

OS ÁCIDOS NUCLÉICOS

Nos seres vivos, existem dois tipos básicos de ácidos nucléicos: o ácido desoxirribonucléico, representado pela sigla DNA ou ADN, e o ácido ribonucléico, representado pela sigla RNA ou ARN.
Os ácidos nucléicos são conhecidos há mais de 100 anos. Na segunda metade do século XIX, o pesquisador Miescher retirou, do núcleo de glóbulos brancos, substâncias ricas em fósforo e nitrogênio, que ele denominou, genericamente, de nucleínas. Mais tarde, foi adotado o termo "ácidos nucléicos". Tanto o termo nucleína como a expressão ácidos nucléicos revelam a antiga crença de que essas substâncias existiam apenas no núcleo celular.


Apesar de os ácidos nucléicos serem conhecidos há bastante tempo, a compreensão de sua importância é muito mais recente.


Foi somente em 1953, que James Watson e Francis Crick propuseram um modelo para a molécula de DNA, que lhes valeu o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 1962. De acordo com esse modelo, a molécula do DNA é constituída por dois filamentos (cadeias de nucleotídeos) enrolados, um ao redor do outro, na forma de uma hélice dupla. Os nucleotídeos de um mesmo filamento ficam unidos por uma ligação que se estabelece entre a pentose de um nucleotídeo e o fosfato do nucleotídeo vizinho. Os filamentos são mantidos juntos por quatro bases nitrogenadas, duas purinas (adenida e guanina) e duas pirimidinas (timina e citosina), arranjadas aos pares e dispostas perpendicularmente ao eixo da molécula. Essas bases estão unidas através de pontes de hidrogênio situadas entre uma base púrica e uma base pirimídica, sendo que à adenina só pode se ligar a timina, e à guanina só se liga a citosina.


Os ácidos nucléicos são as maiores moléculas encontradas no mundo vivo e responsáveis pelo controle dos processo vitais básicos em todos os seres vivos.


Sabemos que as enzimias regulam as funções vitais mediante o controle que exercem sobre as reações bioquímicas que se processam no organismo. Acontece que todas as enzimas são produzidas sob a "supervisão" de um ácido nucléico. Em outras palavras: os ácidos nucléicos comandam a síntese de enzimas, de acordo com o tipo de "programação" que apresentam. Assim, qualquer altaração na estrutura química de um determinado ácido nucléico pode provocar uma alteração na síntese de enzima por ele "supervisionada". Isso, evidentemente, pode acarretar modificações, por vezes profundas, no comportamento bioquímico da enzima e, portanto, nas reações das quais ela participa, com comprometimento até da própria vida celular.


Fonte: Biologia - César e Sezar, Biologia - Paulino

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

OS EQUINODERMOS

Os equinodermos são um grupo de invertebrados exclusivamente marinhos. São de vida livre, carnívoros ou detritívoros, com a epiderme provida de espinhos e endoesqueleto carcário. Como exemplo de animais desse grupo temos as estrelas-do-mar, os ouriços-do-mar, as bolachas-do-mar e os pepinos-do-mar, entre outros.
Todos os equinodermos são animais triblásticos e celomados. Suas larvas possuem simetria bilateral, porém à medida que se desenvolvem passam a exibir simetria radial. Os equinodermos vivem no fundo dos mares (são bentônicos), deslocando-se sobre o substrato, porém não possuem cabeça nem corpo segmentado.
Uma das características que identificam os representantes desse grupo é o sistema aquífero ou ambulacrário, que é um sistema complexo de lâminas, canais e válvulas, relacionados com a locomomoção, respiração, secreção, percepção e circulação do animal. Este sistema começa com uma placa perfurada, localizada na região dorsal do animal, denominada placa madrepórica, por onde a água penetra. Após passar pela placa madrepórica, a água alcança uma série de canais, atingindo os pés ambulacrários, que são cilíndros fechados que se projetam para o meio externo através de poros existentes no endoesqueleto. A variação da pressão da água sobre os pés ambulacrários, permite a expansão ou a retração dos mesmos, o que causa o deslocamento do animal.
O sistema digestório é completo, com boca e ânus. As bocas dos ouriços-do-mar apresentam uma estrutura trituradora composta por cinco dentes calcários, denominada lanterna-de-aristóteles. Os equinodermos, porém, não possuem sistema excretor; seus excretas são eliminados por difusão pela superfície corporal.
São animais dióicos, com fecundação externa e formação de larvas ciliadas (desenvolvimento indireto).