sábado, 28 de setembro de 2013

ALGUNS NEMATODAS PARASITAS DO SER HUMANO


Ascaris lumbricoides (lombriga)

Causa a ascaridíase. São vermes dioicos com dimorfismo sexual: as fêmeas de Ascaris são maiores que os machos.
Os vermes adultos vivem no intestino humano onde se acasalam. Os ovos são eliminados do corpo do hospedeiro com as fezes e, em condições ideais de umidade e temperatura, desenvolve em seu interior uma larva. Se não houver condições de saneamento, os ovos podem contaminar água e alimentos. Se forem ingeridos, os ovos atingem o intestino humano, onde eclodem, liberando as larvas que atravessam a parede intestinal e entram na corrente sanguínea, começando uma longa migração até chegar aos alvéolos pulmonares. Daí sobem pelos brônquios e pelas traquéias, passando pela faringe, até atingir o estômago, para instalar-se, agora como vermes adultos, definitivamente no intestino delgado.
Dentre os sintomas possíveis estão as reações alérgicas, cólicas, diarréias, prisões de ventre, náuseas e oclusão intestinal.
A prevenção consiste em: lavar cuidadosamente frutas e verduras; ingerir apenas água tratada ou fervida; criar hábitos de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e utilizar instalações sanitárias; instalação de redes de esgoto.

   

  Ancylostoma duodenale e Necator americanus


Provocam a ancilostomose, também denominada ancilostomíase, opilação ou amarelão.
São vermes que medem de 1 a 2 cm de comprimento. Quando adultos alojam-se no intestino delgado humano onde se reproduzem sexuadamente, produzindo ovos que são eliminados com as fezes, que em condições ideais de temperatura e umidade, se desenvolvem numa larva, que abandonando a casca do ovo, passa a ter vida livre no solo.
As larvas penetram ativamente na pele dos pés de uma pessoa e atingem a corrente sanguínea, alcançando o coração e os pulmões. Perfuram os capilares pulmonares, migrando para os brônquios, traqueia, laringe, até alcançar o intestino delgado, onde completa seu desenvolvimento e se torna um verme adulto.
No intestino, os vermes adultos com seus dentes rompem a mucosa, provocam hemorragia e se alimentam do sangue liberado, provocando anemia, fraqueza, palidez, tonturas, desânimo e dores musculares. Em casos mais graves pode provocar falta de ar e deficiência na circulação sanguínea e no coração, podendo levar à morte.
A prevenção é feita com o uso de calçados, com a adoção de hábitos higiênicos, como a utilização de instalações sanitárias adequadas. O tratamento é feito com vermífugos, associado a uma dieta rica em ferro, proteínas e vitaminas.


Enterobius (Oxyurus) vermicularis


É o responsável pela oxiurose ou enterobíase. O macho adulto mede cerca de 5mm e a fêmea, 1cm. Vivem no intestino grosso do ser humano onde provocam inflamações, sendo que a fêmea, após fecundada, migra para a região em torno do ânus, provocando coceira nessa região, principalmente à noite. As fêmeas cheias de ovos são eliminadas com as fezes. Os ovos contaminam a água e os alimentos, que podem ser ingeridos. Alcançando o intestino delgado, os ovos eclodem e as larvas alcançam o intestino grosso, completando aí seu desenvolvimento.
O tratamento deve ser feito com vermífugos, e a profilaxia consiste em ingerir apenas água tratada ou fervida, lavar bem as frutas e verduras antes de ingeri-las, lavar bem as mãos antes das refeições e usar instalações sanitárias adequadas.



Wuchereria brancrofti

É o verme causador da filariose linfática, conhecida como elefantíase. O verme adulto macho tem cerca de 4 cm e a fêmea de 7 a 10 cm. Aloja-se nos vasos linfáticos de diversos órgãos.
Após a fecundação, a fêmea desse verme produz larvas (microfilárias) que migram para a corrente sanguínea, e ficam esperando a picada de mosquito do gênero Culex. Com a picada, as microfilárias passam para o mosquito onde completam seu desenvolvimento e se transformam em larvas infestantes, se instalando nas peças bucais do inseto. Ao picar outra pessoa, o inseto transmite o verme, que se instala nos vasos linfáticos, obstruindo-os, ocasionando um acúmulo de líquidos e consequente hipertrofia do órgão afetado. Existem medicamentos contra essa doença e a profilaxia consiste no combate ao mosquito, fazer o saneamento ambiental, a drenagem de águas pluviais e o tratamento de esgotos.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

FILO NEMATODA




O filo Nematoda é formado por organismos triblásticos, pseudocelomados e com simetria bilateral. São vermes cilíndricos, sem segmentação e com as extremidades afiladas. Podem ter vida livre, vivendo na água doce, no mar ou no solo; ou podem ser parasitas, parasitando animais ou plantas. O comprimento desses vermes pode variar de 1 mm a 2 metros. 

O corpo desses animais é revestido por uma cutícula protéica que lhes conferem proteção mecânica ao atrito das partículas do solo e resistência contra as secreções digestivas dos hospedeiros, no caso dos parasitas.

Abaixo da epiderme há uma camada de células musculares, formando fibras longitudinais, que dá aos nematodas a capacidade de movimentos de flexão, proporcionando movimentos ondulatórios que produzem deslizamento serpenteante. Prolongamentos dessas células musculares ligam-se a dois cordões nervosos longitudinais, um na região ventral e o outro na região dorsal. Esses dois cordões são ligados na região anterior por um anel nervoso que envolve a faringe.

Possuem tubo digestório completo. O alimento é ingerido pela boca na extremidade anterior do corpo, segue através de uma curta faringe que leva o alimento até um intestino onde ele é parcialmente digerido, sendo em seguida absorvido pelas células que do tubo digestivo. Essas células terminam a digestão do alimento. Os nutrientes são lançados no pseudoceloma e os restos alimentares não digeridos são eliminados pelo ânus na extremidade posterior do corpo.

O pseudoceloma, além de ter a função de distribuir os nutrientes para todas as células do corpo, funciona como um esqueleto hidrostático e também recolhe os excretas nitrogenados que são eliminados através do poro excretor, por células excretoras denominadas renetes. 

Os nematóides, portanto, não possuem sistema cardiovascular nem sistema respiratório. O gás oxigênio e o dióxido de carbono, respectivamente, entram e saem do corpo por difusão.
Os nematodas geralmente são dióicos, ou seja, possuem sexos separados com reprodução sempre sexuada.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

REPLICAÇÃO DO DNA

VÍDEO SOBRE DUPLICAÇÃO, TRANSCRIÇÃO E DUPLICAÇÃO DO DNA.



Esse vídeo mostra, em tempo real: mitose, duplicação, transcrição e duplicação do DNA. A narração está em inglês.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

DIVERSIDADE ANIMAL I - PORIFERA, CNIDARIA E PLATYHELMINTHES


Slides que preparei para mostrar nas aulas dos 3ºs anos.


LINK PARA POSTAGEM ANTIGA SOBRE PLATELMINTOS

Para facilitar o estudo sobre platelmintos, estou postando um link de uma postagem antiga sobre o tema.
http://professornandao.blogspot.com.br/2008/09/3o-ano-aula-14-os-platelmintos.html . Clique e comece a estudar.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

ÁCIDOS NUCLEICOS


Existem dois tipos de ácidos nucleicos: o ácido desoxirribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA). 

O DNA é o principal constituinte dos cromossomos e o RNA é o principal responsável pela síntese de proteínas. 

O DNA e o RNA são polímeros de nucleotídeos, ou seja são formados pela repetição de várias unidades de nucleotídeos. Cada nucleotídeos é formado por um grupo fosfato, uma pentose (açúcar com 5 carbonos) e uma base nitrogenada. 

No DNA a pentose é a desoxirribose e no RNA a ribose.

As bases nitrogenadas do DNA podem ser de quatro tipos: adenina, guanina, citosina ou timina. No RNA, as bases nitrogenadas podem ser: adenina, guanina, citosina ou uracila.
 

DNA
RNA
Bases púricas
Adenina (A)
Adenina (A)
Guanina (G)
Guanina (G)
Bases pirimídicas
Citosina (C)
Citosina (C)
Timina (T)
Uracila (U)
Pentose
Desoxirribose
Ribose

O DNA é formado por duas cadeias de nucleotídeos ligados, formando uma dupla hélice. Os nucleotídeos de uma mesma cadeias estão unidos por ligações covalentes que se entabelecem entre a pentose de um nucleotídeo e o fosfato do nucleotídeo seguinte. As duas cadeias (ou fitas) ficam ligadas por pontes de hidrogênio, de modo que um nucleotídeo de adenina (A) liga-se sempre a outro nucleotídeo de timina (T) e um nucleotídeo de citosina (C) liga-se sempre a outro nucleotídeo de guanina (G).

O RNA é formado por uma única cadeia de nucleotídeos unidos por ligações covalentes.




Veja também postagem antiga sobre ácidos nucleicos: http://professornandao.blogspot.com.br/2008/10/os-cidos-nuclicos.html

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

ORGANIZAÇÃO CORPORAL DOS PORÍFEROS

Um porífero tem sua estrutura corporal organizada em torno de um sistema de canais por onde circula água. Todo corpo de uma esponja consiste num tubo cilíndrico oco, perfurado por poros, fechado na base com uma abertura maior no topo, denominada ósculo. A água carregando partículas alimentares entra pelos inúmeros poros, atravessa o sistema de canais onde os alimentos ficam retidos atinge a espongiocele, cavidade interna e sai através do ósculo. 
 
A parede externa do corpo das esponjas é formado por pinacócitos, células achatadas, firmemente unidas entre si, formando a pinacoderme. Os poros são formados pelos porócitos, células em forma de tubo que se estende desde a pinacoderme até a espongiocele. 

A espongiocele é revestida por uma camada de coanócitos, células ovóides que apresentam um flagelo circundado por um colarinho, semelhantes aos protozoários coanoflagelados. O movimento dos flagelos dos coanócitos provoca o movimento da água através do corpo das esponjas.  

Entre a camada de coanócitos e a pinacoderme existe o meso-hilo, uma matriz proteica gelatinosa que contém os elementos esqueléticos de sustentação e os amebócitos. 

Os elementos esqueléticos de sustentação são formados por espículas de carbonato de cálcio, espículas de sílica, por fibras protéicas de espongina ou por uma combinação das duas últimas. 

Os amebócitos são células amebóides presentes no meso-hilo. Desempenham importante função na nutrição das esponjas, pois podem fagocitar os alimentos retidos pelos flagelos dos coanócitos, digerí-los e distribuí-los para outras células. Os amebócitos podem também secretar colágeno e espongina que formam o esqueleto das esponjas além de poder se transformar em gametas  participando da reprodução sexuada dos poríferos.