segunda-feira, 30 de junho de 2008

3o ano - aula 8 - BRIÓFITAS E PTERIDÓFITAS

Briófitas - Este grupo de vegetais é representado pelas hepáticas, musgos e antóceros. São plantas de pequeno porte, devido à falta de um sistema vascular para condução de seiva (são avasculares). Os rizóides, estruturas parecidas com raízes, fixam o indivíduo ao solo e absorvem dele água e sais minerais que são levados lentamente para as demais partes da planta, de célula a célula. Nos musgos, além dos rizóides, existem estruturas que lembram pequenas folha, denominadas filóides e estruturas que lembram caules, denominadas caulóides. As hepáticas não possuem caulóides nem filóides; possuem corpo achatado, aderido ao substrato por meio dos rizóides. A ineficiência no transporte de seiva, aliada à falta de proteção contra perda de água, faz com que as briófitas fiquem restritas a ambientes sombreados e úmidos, onde o risco de desidratação é menor. Além disso, as briófitas dependem da água para a reprodução, pois o gametas masculinos são flagelados e precisam deslocar-se em meio aquoso para encontrar-se com o gametas femininos que são imóveis.
Nas briófitas, a fase duradoura é a gametofítica e a fase temporária é a esporofítica. Quando observamos um musgo verde, com rizóides, caulóides e filóides, estamos observando um gametófito. Nesses vegetais, o esporófito depende do gametófito para nutrição, vivendo sobre ele.
Os gametófitos são dióicos, haplóides (possuem sexos separados) e produzem gametas, também haplóides, por mitose. Da fusão do gameta masculino com o feminino surge o embrião diplóide. Do desenvolvimento do embrião sobre o gametófito feminino, surge o esporófito diplóide que produz esporos haplóides através da meiose. Os esporos maduros são liberados e quando caem no solo, germinam e formam um novo gametófito (n).

Pteridófitas - São exemplos de pteridófitas as samambaias, avencas, xaxins, fetos, lycopodium e selaginella. São os primeiros vegetais vasculares. Seus vasos condutores possibilitam o transporte rápido de água e sais minerais das raízes para as folhas e de seiva elaborada das folhas para as demais partes da planta. Foram também as primeiras plantas a apresentar tecidos de sustentação. Estas inovações permitiram que essas plantas atingissem grande porte e se mantivessem eretas.

Nas pteridófitas as plantas perenes contendo raízes, caules e folhas, correspondem ao esporófito. Estas plantas desenvolvem pequenas estruturas circulares distribuídas regularmente pela margem da superfície inferior das folhas. Estas estruturas correspondem aos soros, que contém esporângios, estruturas produtoras de esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e levados pelo vento, que ao caírem no solo germinam dando origem aos protálos que constituem os gametófitos, geralmente monóicos.

O protalo mede apenas cerca de 1 cm e tem vida autônoma. Ele possui anterídeo e arquegônios, estruturas produtoras de gametas masculino e feminino, respectivamente.

Quando chove, o protalo fica coberto pela água, o que possibilita a fecundação, uma vez que os anterozóides (gametas masculinos) flagelados devem nadar ativamente até a oosfera (gameta feminino). O embrião formado após a fecundação desenvolve-se, dando origem a um esporófito, se se desenvolverá numa nova samambaia.

sábado, 28 de junho de 2008

2o ano - aula 8 - OS PIONEIROS DA GENÉTICA: HIPÓCRATES E ARISTÓTELES

Hipócrates (460-377 a.C.)
A história da Genética começou, há dois mil quatrocentos e dezoito anos, quando Hipócrates considerado o fundador das ciências médicas propôs, em 410 a.C., a Hipótese da Pangênese, para explicar a hereditariedade. De acordo com essa hipótese, a transmissão das características hereditárias baseava-se na produção, por todas as partes do corpo, de partículas muito pequenas que eram transmitidas para a descendência no momento da concepção. A pangênese permaneceu como a única teoria geral de hereditariedade até o final do século XIX. Foi de Hipócrates, também, o conceito de hereditariedade de caracteres adquiridos – adotado pelo naturalista francês Jean Baptiste Lamarck, em 1809, como o mecanismo das mudanças evolutivas – uma explicação, ainda hoje, aceita por muitas pessoas. Sobre isso Hipócrates escreveu: “A semente vem de todas as partes do corpo, as saudáveis das partes saudáveis, as doentes das partes doentes. Pais com pouco cabelo têm, em geral, filhos com pouco cabelo, pais com olhos cinzentos têm filhos com olhos cinzentos, pais estrábicos têm filhos estrábicos.”
A teoria da pangênese, assim como as idéias sobre a transmissão das características adquiridas foram adotadas por Darwin, em 1859, em suas explicações sobre a evolução.

Aristóteles (384-322 a.C.)
Para Aristóteles existia uma base física da hereditariedade no sêmen produzido pelos pais. Essa idéia foi fundamental para o desenvolvimento posterior da Genética pois a partir da sua proposição passou-se a considerar a hereditariedade como resultado da transmissão de algum tipo de substância pelos pais. O termo “sêmen” foi usado por Aristóteles com o sentido de semente. Atualmente, o termo correspondente seria gametas, cujo papel na reprodução só foi estabelecido em meado do século XIX.
Aristóteles conhecia a hipótese da pangênese e apesar de relacionar argumentos importantes que apoiavam a pangênese como uma hipótese plausível, ele a rejeitou. Algumas características não estruturais, como a voz ou o jeito de andar, que eram herdadas levaram Aristóteles a se perguntar como essas características poderiam produzir material para o sêmen. Além disso, filhos de pais com cabelos e barbas grisalhos não são grisalhos ao nascer.
As evidências mais importantes que refutaram, tanto a pangênese de Hipócrates, como a de Darwin, cerca de dois mil anos mais tarde, estavam ligados à não transmissividade das mutilações; plantas mutiladas produziam descendência perfeita, assim como homens que haviam perdido partes do corpo. Além disso, havia ainda o poderoso argumento de que se o pai e a mãe produzem sêmen com partículas precursoras de todas as partes do corpo, não deveria se esperar que os descendentes tivessem suas cabeças, quatro braços etc.?
Aristóteles era um cientista à frente do seu tempo. Ele propôs uma hipótese, que embora vaga, é ainda hoje considerada verdadeira acima de qualquer suspeita. Pode-se considerar que nenhum avanço relevante, em termos de transmissão das características hereditárias, foi alcançado até o final do século XIX, ou seja, a compreensão da hereditariedade não progrediu entre Aristóteles (384-322 a.C.) e Gregor Mendel (1899-1884).

1. O texto apresenta o conceito da pangênese proposto por Hipócrates. Explique, com suas palavras, esse conceito.

2. Como Aristóteles achava que as informações hereditárias eram transmitidas de uma geração para outra?

3. Quais eram as críticas de Aristóteles sobre as idéias de Hipócrates?


São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do Professor: Ensino Médio - 2a Série, 2o Bimestre - 2008, págs. 14-15.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

1o ano - aula 8 - RELAÇÕES ECOLÓGICAS

A expressão relações ecológicas indica os diferentes tipos de interações que existem numa comunidade. Quando ocorre uma interação entre indivíduos da mesma espécie, dizemos que a relação é intra-específica. Dentro de uma comunidade, indivíduos de populações diferentes também podem interagir. Nesse caso quando a interação é entre indivíduos de espécies diferentes, dizemos que é uma relação interespecífica.
Tanto as relações intra-específicas quanto as interespecíficas podem ser harmônicas ou desarmônicas. Nas relações harmônicas não há prejuízos para os envolvidos e há vantagens pelo menos para um deles. Nas desarmônicas, pelo menos um dos envolvidos é prejudicado.


Relações intra-específicas

a) harmônicas
  • Colônias - Associação entre indivíduos da mesma espécie, que se mantêm ligados entre si, formando uma unidade estrutural. Ex.: Colônias de esponjas-do-mar e de corais.




  • Sociedades - Associação entre indivíduos da mesma espécie, não ligados anatomicamente, que se agrupam para divisão de trabalho, organizados portanto de modo cooperativo. Ex.: formigas, cupins e abelhas.

b) desarmônicas

  • Competição intra-específica - Relação entre indivíduos da mesma espécie, que concorrem pelos mesmos fatores do ambiente, existente em quantidade limitada, como alimento, abrigo ou território.

Relações interespecíficas

a) harmônicas

  • Epifitismo ou inquilinismo - Associação entre plantas epífitas como orquídeas e bromélias e árvores, onde as epífitas desenvolvem-se sobre as árvores, beneficiando-se de uma posição favorável à captação de luz. As árvores que oferecem suporte não são beneficiadas nem prejudicadas.



  • Comensalismo - Associação entre duas espécies em que só uma espécie é beneficiada, enquanto a outra não é beneficiada nem prejudicada. O benefício envolve abrigo, suporte, transporte ou alimento. Ex.: No intestino humano vive uma espécie de bactéria, Entamoeba coli, que obtém benefício na forma de restos alimentares e abrigo, sem prejudicar nem beneficiar a pessoa. As rêmoras são peixes marinhos que se fixam à superfície ventral do tubarão por uma ventosa que têm na cabeça, obtendo assim um eficiente meio de transporte, além de restos de alimentos e proteção. Observou-se que os tubarões toleram as rêmoras e não as atacam.


  • Protocooperação - Associação entre espécies diferentes com benefícios para ambas, mas que não é indispensável para a sobrevivência delas. Ex.: Os anus são aves que se alimentam de carrapatos que parasitam bovinos. Embora anus e bois se beneficiem da associação, podem sobreviver uns sem os outros.


  • Mutualismo - Associação entre duas espécies em que ambas se beneficiam, mas ao contrário da protocooperação, a coexistência é indispensável para a sobrevivência dos associados. Ex.: os liquens constituem uma associação mutualística entre algas e fungos. Os fungos protegem as algas, dão-lhes sustentação, água e sais minerais, criando condiçõeos para que elas realizem fotossíntese; o alimento fabricado pelas algas é compartilhado com os fungos. Separados, esses fungos e algas não sobrevivem.


b) desarmônicas

  • Parasitismo - Associação em que uma espécie (parasita) vive à custa de alimento retirado do corpo de outra (hospedeira). O parasita pode prejudicar, mas geralmente não causa a morte imediata do hospedeiro, mantendo assim sua fonte de alimento e abrigo. Ex.: Os pulgões são parasitas de plantas, das quais retiram seiva rica em açúcar, usada em sua alimentação.

  • Predatismo - Interação em que um indivíduo de uma espécie (predador) mata um indivíduo de outra (presa), que lhe serve de alimento. Ex.: A zebra é morta e devorada pelo leão.


                                              • Competição interespecífica - É quando duas espécies que têm nichos ecológicos semelhantes ou iguais num mesmo habitat, disputam pelos mesmos recursos ambientais (como água, alimento, espaço ou luz). Enquanto dura a competição, ocorre gasto excessivo de energia e menor quantidade de recursos fica disponível para cada um dos competidores, o que prejudica as duas espécies. Ex.: Entre tico-tico e pardal há intensa competição: seus hábitos alimentares são semelhantes, utilizam locais similares para a construção de ninhos e adaptam-se às mesmas condições ambientais em muitas áreas do Brasil.

                                              quinta-feira, 19 de junho de 2008

                                              GENTE BONITA DA TARDE

                                              Olhem só quanta gente bonita está estudando nos primeiros anos da tarde:






                                              domingo, 15 de junho de 2008

                                              2o ano - aula 7 - CLASSIFICANDO AS CARACTERÍSTICAS HUMANAS

                                              Características Genéticas - São determinadas pelo DNA do indivíduo. Muitos são os genes envolvidos com a capacidade de audição. Qualquer alteração de pelo menos um deles pode lever à surdez.

                                              Características Hereditárias - São transmitidas de uma geração para outra. As pessoas surdas por meningite, rubéola ou exposição a elevados ruídos não transmitem essa característica para seus filhos, assim, não podem ser consideradas características hereditárias. No entanto, quando a surdez é genética, ela pode ser hereditária.

                                              Características Congênitas - Os indivíduos apresentam desde o nascimento. Quando uma grávida é contaminada pelo vírus da rubéola, o bebê pode nascer surdo. A surdez, nesse caso, pode ser considerada congênita, pois a criança já nasce com ela.

                                              Características Adquiridas - Os indivíduos não apresentam ao nascer. A surdes provocada por longa exposição a ruídos pode ser considerada adquirida, pois o indivíduo não a apresentava antes do nascimento. A provocada por meningite também.

                                              sexta-feira, 13 de junho de 2008

                                              1000 VISITAS

                                              Em apenas dois meses de existência chegamos a 1000 visitas em nosso bioblog. Agradeço a todos os que no visitaram até agora e peço que não saiam antes de deixarem algum comentário. Abraços calorosos. Prof. Nandão.

                                              quinta-feira, 12 de junho de 2008

                                              1o ano - aula 7 - O CICLO DO OXIGÊNIO

                                              O gás oxigênio (O2) é indispensável à respiração aeróbica, é o segundo componente mais abundante da atmosfera, onde existe na proporção de cerca de 21%.
                                              O gás oxigênio pode ser consumido da atmosfera por intermédio das seguintes vias:
                                              • atividade respiratória dos seres vivos aeróbicos;

                                              • combustão;

                                              • degradação, principalmente pela ação de raios ultravioleta, com formação de ozônio (O3);

                                              • combinação com metais do solo (principalmente o ferro), formando óxidos metálicos.

                                              O gás oxigênio é reposto na atmosfera principalmente pela fotossíntese, com destaque para a atividade do fitoplâncton marinho.

                                              Observe na figura abaixo um esquema do ciclo do oxigênio.

                                              domingo, 8 de junho de 2008

                                              SURDEZ - UM CARACTERÍSTICA INVISÍVEL

                                              Ao nascer, um bebê parece saudável. No entanto, ele pode ter uma deficiência auditiva que dificulte o desenvolvimento de sua linguagem. Quanto mais rápido for o diagnóstico da surdez nas crianças, mais chances elas terão de desenvolver as suas capacidades comunicativas.
                                              A surdez é a deficiência sensorial mais comum em seres humanos. Quando chega aos 70 anos, cerca de 60% da população mundial apresenta perdas consideráveis da capacidade auditiva, inclusive por longa exposição a elevados ruídos.
                                              No entanto, a proporção de crianças que nascem surdas é muitíssimo menor. No Brasil, estima-se que em cada 1000 crianças nascidas, apenas 4 sofram perda auditiva.
                                              Esse número poderia ser ainda mais baixo. É que, no nosso país, a rubéola é uma das principais causas de surdez na infância. Quando o vírus da rubéola infecta uma mulher grávida, ele pode provocar a perda total da audição no bebê. Por isso, é fundamental que as mulheres em idade fértil estejam vacinadas contra a rubéola.
                                              Uma vacina também é capaz de prevenir outra importante causa de surdez na infância, a meningite. Todas as crianças de até 2 anos de idade devem ser vacinadas contra a meningite.
                                              Nos países mais ricos, esses fatores perdem importância, já que a principal causa de surdez entre as crianças, mais de 50% dos casos, está relacionada com alterações no DNA. Já no Brasil, essa causa responde por apenas 20% dos casos.
                                              Questões:

                                              1. Qual é a importância da audição apresentada no texto?
                                              2. Por qual motivo o número de crianças surdas é menor em países ricos?
                                              3. Elabore uma lista com as causas da surdez apresentadas ao longo do texto.
                                              4. Como a vacinação pode diminuir o número de crianças surdas?

                                              sexta-feira, 6 de junho de 2008

                                              GAROTO E GAROTA PEDRO RAPHAEL

                                              Na sexta passada (30/05) aconteceu o desfile para a escolha dos garoto e garota Pedro Raphael. O evento foi organizado pelo Grêmio de escola e teve todo o apoio da direção e do corpo docente. O evento foi um sucesso e os alunos foram surpreendentes e estão de parabéns pelo excelente comportamento apresentado.
                                              As fotos do evento estão no slide show ao lado. Cliquem com o botão esquerdo do mouse sobre o slide show e vejam as fotos em tamanho grande.
                                              O casal campeão do desfile

                                              segunda-feira, 2 de junho de 2008

                                              Como o material genético de uma célula pode conter toda a informação que dará origem às células de um organismo inteiro?

                                              Todo potencial de desenvolvimento embrionário de um animal está contido em um ovo fertilizado. Quando o espermatozóide se une a um óvulo, ocorre a reunião do material hereditário (genes) paterno e materno, com todas as instruções detalhadas para o desenvolvimento de um novo ser, isto é, uma poupança herdada de cerca de 100 mil genes com um imenso repertório de funções para construir as células e todo um organismo. Esses genes são os verdadeiros segredos do talento artístico da célula: uma vez ativados, eles produzem mensagens específicas para a síntese de proteínas capazes de construir novas células e de modificá-las de infinitas maneiras.

                                              domingo, 1 de junho de 2008

                                              1o ano - aula 6 - OS CICLOS DA MATÉRIA NOS ECOSSISTEMAS

                                              A matéria que constitui os componentes dos ecossistemas é constantemente reciclada. Os átomos de nitrogênio, hidrogênio, oxigênio e carbono, entre outros, têm movimento cíclico nos ecossistemas. Fala-se então em ciclo da matéria.
                                              Os ciclos da matéria são os ciclos biogeoquímicos. Para que ocorram a ação dos decompositores é de fundamental importância, pois eles são os responsáveis pela degradação da matéria orgânica e devolvem os materias degradados ao solo, à água e ao ar para serem utilizados novamente.


                                              O ciclo do carbono
                                              Todas as moléculas orgânicas dos seres vivos (carboidratos, proteínas, lipídios, ácidos nucléicos) possuem átomos de carbono nas suas composições. A atmosfera é o maior reservatório de gás carbônico (esse gás também se encontra dissolvido na água dos ecossistemas aquáticos). Através da fotossíntese, os vegetais absorvem CO2 e com ele produzem alimento orgânico. Por meio das cadeias alimentares, o carbono "orgânico" é incorporado pelos herbívoros, e deles transferidos aos carnívoros. Todos esses organismos, ao respirar, devolvem gás carbônico para o ar ou para a água. Os decompositores que degradam os resíduos e os cadáveres de animais e vegetais, também fabricam gás carbônico, que volta ao ciclo. Tanto a queima de lenha como a de combustíveis fósseis (derivados de petróleo) liberam gás carbônico. No segundo caso trata-se de carbono que ficou soterrado durante milhões de anos, sem participar nesse tempo todo dos ciclos da matéria, e que está sendo agora devolvido aos ecossistemas.

                                              Ciclo do nitrogênio
                                              O nitrogênio é um elemento presente nas moléculas de aminoácidos, unidades das proteínas, e nas bases nitrogenadas, componentes dos ácidos nucléicos.

                                              78% do ar atmosférico é composto por gás nitrogênio (N2), sendo o grande reservatório desse elemento na natureza; apesar disso, a grande maioria dos seres vivos não consegue utilizar diretamente esse gás e incorporá-lo às suas moléculas orgânicas. Apenas algumas poucas espécies de bactérias conseguem retirar o nitrogênio do ar, transformando-o em substâncias utilizáveis pelos organismos vivos ou então retirando o nitrogênio das substâncias orgânicas e devolvendo-o à atmosfera para fechar o ciclo. A vida na Terra não seria possível sem esses microorganismos.

                                              Bactérias fixadoras de nitrogênio (principalmente do gênero Rhizobium) e cianobactérias (antigamente denominadas algas azuis), que vivem na água, no solo ou em associação com raízes de leguminosas, absorvem o nitrogênio gasoso (N2), tranformando-o em amônia (NH3). Alguns vegetais, incluindo as leguminosas, utilizam a amônia diretamente para a produção de proteínas e ácidos nucléicos. Pela cadeias alimentares, as proteínas vegetais podem ser transferidas para os animais. A excreção animal libera resíduos nitrogenados, como a uréia, o ácido úrico e também a amônia; além disso, a morte de animais e de plantas origina também resíduos nitrogenados. Esses resíduos são degradados pelos decompositores, que produzem amônia.

                                              A amônia poderá seguir três caminhos: poderá ser utilizada diretamente pelas plantas, como já vimos; porém a maioria da amônia do solo será transformada em nitritos por bactérias nitrificantes e depois em nitratos, que ficam no solo e na água. Os nitratos podem ser absorvidos pelos vegetais, que os utilizam para a produção de proteína vegetal e ácidos nucléicos. Um terceiro caminho possível para a amônia é a sua absorção por bactérias desnitrificantes, que a transformam em nitrogênio gasoso (N2) e devolvem esse gás para a atmosfera. Parte dos nitratos também é absorvida por bactérias desnitrificantes e também são transformados em gás nitrogênio que é devolvido à atmosfera, fechando o ciclo.