Num ecossistema em equilíbrio, o tamanho de uma população permanece mais ou menos constante ao longo do tempo. No entanto, sabe-se que todas as populações apresentam capacidade de aumentar numericamente , desde que as condições ambientais sejam ideais. A tendência de crescimento pela reprodução é compensada pela morte de alguns indivíduos.
A morte dos indivíduos pode se dar por fatores bióticos, como predatismo, parasitismo e competição; ou por fatores abióticos como a disponibilidade de espaço e as condições climáticas do ambiente em que a população se encontra.
Predatismo - A relação entre predador e presa em comunidades estáveis evolui de modo a estabelecer o equilíbrio entre os indivíduos dessa relação. A população de predadores pode determinar a densidade de presas e vice-versa.
Em geral, o elevado número de presas propicia um aumento no número de predadores, que encontram farto alimento no ambiente. Em conseqüência, num segundo momento, o número de presas diminui, o que acarreta uma redução na população de presas, que se eleva, e assim sucessivamente. Dessa maneira, as populações de predadores e de presas não se extinguem nem entram em superpopulação, permanecendo em equilíbrio no ecossistema.
Parasitismo - Os parasitas são via de regra mais específicos que os predadores na obtenção de alimento. Enquanto os predadores podem procurar várias outras fontes de alimento quando uma população de presas é reduzida, os parasitas geralmente se instalam apenas em uma ou em algumas espécies. Esta característica faz com que parasitas sejam bastante usados em programas de controle biológico de pragas.
Competição interespecífica - A disputa por recursos do meio por duas espécies pode determinar o controle da densidade das duas populações que estão interagindo. Duas espécies não podem ocupar o mesmo habitat e o mesmo nicho ecológico ao mesmo tempo sem haver a exclusão de uma delas.
Disponibilidade de alimento e espaço - Constitui um fator que influencia significativamente o desenvolvimento de uma população.
Em experimentos com ratos confinados, constatou-se que a insuficiência de alimentos provocava uma redução na taxa de natalidade, com a conseqüente estabilização do crescimento populacional. Em situação de espaço limitado e alimentação abundante, a taxa de natalidade manteve-se inalterada ou cresceu, provocando superpopulação e a conseqüente redução de alimentos. Logo depois aumentou a taxa de mortalidade, especialmente entre os filhotes. Isso se deveu não só à negligência das fêmeas em relação à prole, mas também ao surgimento do canibalismo, com os mais velhos devorando os mais novos.
Bibliografia:
Paulino, Wilson Roberto. Biologia vol. 3. Editora Ática.
César e Sezar, Biologia - vol. 3. Editora Saraiva.
Lopes, Sonia e Rosso Sergio, Biologia - volume único, Editora Saraiva.
Um comentário:
poow muito bom esse texto, mas vc poderia colocar mas fatores como por exemplo: solo, luminosidade, aguá, clima. Por favor
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