Hipócrates (460-377 a.C.)
A história da Genética começou, há dois mil quatrocentos e dezoito anos, quando Hipócrates considerado o fundador das ciências médicas propôs, em 410 a.C., a Hipótese da Pangênese, para explicar a hereditariedade. De acordo com essa hipótese, a transmissão das características hereditárias baseava-se na produção, por todas as partes do corpo, de partículas muito pequenas que eram transmitidas para a descendência no momento da concepção. A pangênese permaneceu como a única teoria geral de hereditariedade até o final do século XIX. Foi de Hipócrates, também, o conceito de hereditariedade de caracteres adquiridos – adotado pelo naturalista francês Jean Baptiste Lamarck, em 1809, como o mecanismo das mudanças evolutivas – uma explicação, ainda hoje, aceita por muitas pessoas. Sobre isso Hipócrates escreveu: “A semente vem de todas as partes do corpo, as saudáveis das partes saudáveis, as doentes das partes doentes. Pais com pouco cabelo têm, em geral, filhos com pouco cabelo, pais com olhos cinzentos têm filhos com olhos cinzentos, pais estrábicos têm filhos estrábicos.”
A teoria da pangênese, assim como as idéias sobre a transmissão das características adquiridas foram adotadas por Darwin, em 1859, em suas explicações sobre a evolução.
Aristóteles (384-322 a.C.)
Para Aristóteles existia uma base física da hereditariedade no sêmen produzido pelos pais. Essa idéia foi fundamental para o desenvolvimento posterior da Genética pois a partir da sua proposição passou-se a considerar a hereditariedade como resultado da transmissão de algum tipo de substância pelos pais. O termo “sêmen” foi usado por Aristóteles com o sentido de semente. Atualmente, o termo correspondente seria gametas, cujo papel na reprodução só foi estabelecido em meado do século XIX.
Aristóteles conhecia a hipótese da pangênese e apesar de relacionar argumentos importantes que apoiavam a pangênese como uma hipótese plausível, ele a rejeitou. Algumas características não estruturais, como a voz ou o jeito de andar, que eram herdadas levaram Aristóteles a se perguntar como essas características poderiam produzir material para o sêmen. Além disso, filhos de pais com cabelos e barbas grisalhos não são grisalhos ao nascer.
As evidências mais importantes que refutaram, tanto a pangênese de Hipócrates, como a de Darwin, cerca de dois mil anos mais tarde, estavam ligados à não transmissividade das mutilações; plantas mutiladas produziam descendência perfeita, assim como homens que haviam perdido partes do corpo. Além disso, havia ainda o poderoso argumento de que se o pai e a mãe produzem sêmen com partículas precursoras de todas as partes do corpo, não deveria se esperar que os descendentes tivessem suas cabeças, quatro braços etc.?
Aristóteles era um cientista à frente do seu tempo. Ele propôs uma hipótese, que embora vaga, é ainda hoje considerada verdadeira acima de qualquer suspeita. Pode-se considerar que nenhum avanço relevante, em termos de transmissão das características hereditárias, foi alcançado até o final do século XIX, ou seja, a compreensão da hereditariedade não progrediu entre Aristóteles (384-322 a.C.) e Gregor Mendel (1899-1884).
1. O texto apresenta o conceito da pangênese proposto por Hipócrates. Explique, com suas palavras, esse conceito.
2. Como Aristóteles achava que as informações hereditárias eram transmitidas de uma geração para outra?
3. Quais eram as críticas de Aristóteles sobre as idéias de Hipócrates?
A história da Genética começou, há dois mil quatrocentos e dezoito anos, quando Hipócrates considerado o fundador das ciências médicas propôs, em 410 a.C., a Hipótese da Pangênese, para explicar a hereditariedade. De acordo com essa hipótese, a transmissão das características hereditárias baseava-se na produção, por todas as partes do corpo, de partículas muito pequenas que eram transmitidas para a descendência no momento da concepção. A pangênese permaneceu como a única teoria geral de hereditariedade até o final do século XIX. Foi de Hipócrates, também, o conceito de hereditariedade de caracteres adquiridos – adotado pelo naturalista francês Jean Baptiste Lamarck, em 1809, como o mecanismo das mudanças evolutivas – uma explicação, ainda hoje, aceita por muitas pessoas. Sobre isso Hipócrates escreveu: “A semente vem de todas as partes do corpo, as saudáveis das partes saudáveis, as doentes das partes doentes. Pais com pouco cabelo têm, em geral, filhos com pouco cabelo, pais com olhos cinzentos têm filhos com olhos cinzentos, pais estrábicos têm filhos estrábicos.”
A teoria da pangênese, assim como as idéias sobre a transmissão das características adquiridas foram adotadas por Darwin, em 1859, em suas explicações sobre a evolução.
Aristóteles (384-322 a.C.)
Para Aristóteles existia uma base física da hereditariedade no sêmen produzido pelos pais. Essa idéia foi fundamental para o desenvolvimento posterior da Genética pois a partir da sua proposição passou-se a considerar a hereditariedade como resultado da transmissão de algum tipo de substância pelos pais. O termo “sêmen” foi usado por Aristóteles com o sentido de semente. Atualmente, o termo correspondente seria gametas, cujo papel na reprodução só foi estabelecido em meado do século XIX.
Aristóteles conhecia a hipótese da pangênese e apesar de relacionar argumentos importantes que apoiavam a pangênese como uma hipótese plausível, ele a rejeitou. Algumas características não estruturais, como a voz ou o jeito de andar, que eram herdadas levaram Aristóteles a se perguntar como essas características poderiam produzir material para o sêmen. Além disso, filhos de pais com cabelos e barbas grisalhos não são grisalhos ao nascer.
As evidências mais importantes que refutaram, tanto a pangênese de Hipócrates, como a de Darwin, cerca de dois mil anos mais tarde, estavam ligados à não transmissividade das mutilações; plantas mutiladas produziam descendência perfeita, assim como homens que haviam perdido partes do corpo. Além disso, havia ainda o poderoso argumento de que se o pai e a mãe produzem sêmen com partículas precursoras de todas as partes do corpo, não deveria se esperar que os descendentes tivessem suas cabeças, quatro braços etc.?
Aristóteles era um cientista à frente do seu tempo. Ele propôs uma hipótese, que embora vaga, é ainda hoje considerada verdadeira acima de qualquer suspeita. Pode-se considerar que nenhum avanço relevante, em termos de transmissão das características hereditárias, foi alcançado até o final do século XIX, ou seja, a compreensão da hereditariedade não progrediu entre Aristóteles (384-322 a.C.) e Gregor Mendel (1899-1884).
1. O texto apresenta o conceito da pangênese proposto por Hipócrates. Explique, com suas palavras, esse conceito.
2. Como Aristóteles achava que as informações hereditárias eram transmitidas de uma geração para outra?
3. Quais eram as críticas de Aristóteles sobre as idéias de Hipócrates?
São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Caderno do Professor: Ensino Médio - 2a Série, 2o Bimestre - 2008, págs. 14-15.
10 comentários:
"Prof. Fernando, estamos retornando às aulas. Ficamos encantadas com a sua criatividade usando a web. para incrementar as suas aulas. Nós, professoras de literatura, não somos tão hightec. Preferimos folhear o livro, manusear as folhas e sentir a palavra com o tato. Quem sabe em sua companhia aprenderemos a navegar, criar e apreciar as novas tecnologias. Estamos prontas para que você compartilhe seu dom sempre conosco".
Agradecemos por enquanto...
Profa Solange e Profa Andrea (Escola Pedro Raphael da Rocha - Santa Gertrudes)
Professor, parabéns pelo seu trabalho!
Usei o texto postado em seu blog sobre Os pioneiros da Genética para uma Pesquisa de Biologia, estou na 2ª série do Ensino médio, (E.E. Charles de Gaulle, SP) e o texto ajudou muito, pois esta escrito em poucas palavras o necessário para ficar bem claro para um estudante :D
porque você não responde as pergunta ?
porque você não responde as pergunta ?
porque você nao responde as questoes ?
Oi, Ainda Sou Uma Garotinha.
Essa postagem foi feita em 2008 para subsidiar meus alunos de ensino médio da rede estadual de ensino, numa época que apenas os professores recebiam os cadernos da Rede. Então era para ser um texto que serviria como exercício e os alunos é que deveriam responder. Por isso não respondi. Agora (em 2010), os alunos recebem os cadernos com os textos e exercícios e não há motivos para postar mais perguntas assim. De qualquer forma, vou postar as respostas no próximo comentário. Obrigado por ter comentado no meu blog.
RESPOSTAS
1. De acordo com a pangênese, ocorre a produção de partículas por todas as partes do corpo e, depois, a transmissão destas partículas para a descendência no momento da concepção. É importante perceber que tal concepção está totalmente vinculada à concepção espontânea (senso comum) de hereditariedade. Quando, por exemplo, as pessoas comparam pais e filhos, costumam se referir à ideia de que herdamos a cor do olho do pai, a forma do nariz da mãe, e assim por diante.
Essa concepção mostrou-se um entrave para a compreensão dos mecanismos de herança, inclusive para pesquisadores importantes, como Lamarck e Darwin.
2. Por meio do sêmen produzido pelos pais.
3.
• As semelhanças entre pais e filhos não se restringe à estrutura corporal.
• Crianças não nascem com características presentes nos adultos.
• Se a criança herda características de um órgão da mãe e outras de um órgão do pai, ela deveria nascer com dois órgãos distintos.
• Indivíduos mutilados poderiam gerar filhos perfeitos.
Esse professor ñ responde pq esse texto e do caderno do aluno do ensino médio 2ªsérie volume 2
governo do estado de são paulo
Oii eu sei que é algo muito nada ver mais estou com dificuldades em saber se a barba é algo congênito ou é a genética
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