Nos seres vivos, existem dois tipos básicos de ácidos nucléicos: o ácido desoxirribonucléico, representado pela sigla DNA ou ADN, e o ácido ribonucléico, representado pela sigla RNA ou ARN.
Os ácidos nucléicos são conhecidos há mais de 100 anos. Na segunda metade do século XIX, o pesquisador Miescher retirou, do núcleo de glóbulos brancos, substâncias ricas em fósforo e nitrogênio, que ele denominou, genericamente, de nucleínas. Mais tarde, foi adotado o termo "ácidos nucléicos". Tanto o termo nucleína como a expressão ácidos nucléicos revelam a antiga crença de que essas substâncias existiam apenas no núcleo celular.
Apesar de os ácidos nucléicos serem conhecidos há bastante tempo, a compreensão de sua importância é muito mais recente.
Foi somente em 1953, que James Watson e Francis Crick propuseram um modelo para a molécula de DNA, que lhes valeu o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 1962. De acordo com esse modelo, a molécula do DNA é constituída por dois filamentos (cadeias de nucleotídeos) enrolados, um ao redor do outro, na forma de uma hélice dupla. Os nucleotídeos de um mesmo filamento ficam unidos por uma ligação que se estabelece entre a pentose de um nucleotídeo e o fosfato do nucleotídeo vizinho. Os filamentos são mantidos juntos por quatro bases nitrogenadas, duas purinas (adenida e guanina) e duas pirimidinas (timina e citosina), arranjadas aos pares e dispostas perpendicularmente ao eixo da molécula. Essas bases estão unidas através de pontes de hidrogênio situadas entre uma base púrica e uma base pirimídica, sendo que à adenina só pode se ligar a timina, e à guanina só se liga a citosina.
Os ácidos nucléicos são as maiores moléculas encontradas no mundo vivo e responsáveis pelo controle dos processo vitais básicos em todos os seres vivos.
Sabemos que as enzimias regulam as funções vitais mediante o controle que exercem sobre as reações bioquímicas que se processam no organismo. Acontece que todas as enzimas são produzidas sob a "supervisão" de um ácido nucléico. Em outras palavras: os ácidos nucléicos comandam a síntese de enzimas, de acordo com o tipo de "programação" que apresentam. Assim, qualquer altaração na estrutura química de um determinado ácido nucléico pode provocar uma alteração na síntese de enzima por ele "supervisionada". Isso, evidentemente, pode acarretar modificações, por vezes profundas, no comportamento bioquímico da enzima e, portanto, nas reações das quais ela participa, com comprometimento até da própria vida celular.
Fonte: Biologia - César e Sezar, Biologia - Paulino
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